O aumento da temperatura global, conforme ilustrado no gráfico abaixo, tem sido acompanhado com grande atenção devido às consequências das mudanças climáticas, como ondas de calor extremo, secas, enchentes, derretimento de geleiras e tempestades mais frequentes. Esses fenômenos são principalmente causados pelas emissões de gases de efeito estufa, um fato amplamente observado no dia a dia, noticiado na mídia e amplamente documentado nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Figura com o Gráfico mostrando o aumento da temperatura no Hemisfério Norte.
Em 2015, foi firmado um tratado global, denominado “Acordo de Paris”, com 195 países signatários, que tem como compromisso principal manter o aumento da temperatura média global bem abaixo dos 2°C em relação aos níveis pré-industriais e, ainda, envidar esforços para limitar esse aumento a 1,5°C.
As Conferências do Clima, organizadas pela ONU e chamadas de COP, têm sido realizadas anualmente. Em novembro de 2024, ocorreu a COP 29 em Baku, Azerbaijão, reunindo delegações dos 195 países signatários. Da última COP, foi fechado um acordo de US$ 300 bilhões anuais para o financiamento climático dos países em desenvolvimento.
Atualmente, devido a iniciativas do próprio mercado, está sendo exigido de forma gradativa que as empresas identifiquem suas emissões de GEE (gases de efeito estufa) e tomem ações visando à redução e/ou compensação dessas emissões. Também está sendo desenvolvido um arcabouço de políticas e regulamentações que irão regulamentar o monitoramento e controle dessas emissões, como é o caso do recém-aprovado Projeto de Lei 182/24, que cria o Sistema Brasileiro de Emissões – SBCE e regulamenta o mercado de carbono no Brasil.
Por parte das organizações, o que pode ser feito é identificar suas fontes de emissão, tanto de suas atividades quanto da sua cadeia de suprimentos, estabelecendo as fronteiras do processo. Esse mapeamento é realizado por meio do Inventário de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE), uma ferramenta estratégica que permite à empresa conhecer melhor seus processos, avaliar e aprimorar seu sistema de gestão. A partir do inventário, são definidos indicadores de desempenho, metas corporativas, gerenciamento de riscos, identificação de oportunidades e planos de adaptação para mitigar os impactos das mudanças climáticas nos negócios.
O inventário é o primeiro passo para a elaboração de um programa de gerenciamento das emissões de GEE. Uma vez determinadas as fontes e o perfil de emissões, com seus respectivos potenciais, é possível planejar métodos e ações para alcançar as metas de mitigação das mudanças climáticas.